Por dentro do TRT 2ª Região – São Paulo


O edital do concurso para o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, trouxe 329 vagas sendo 99 delas para Analistas e 230 para Técnicos, com remunerações que vão de R$ 4.635,03 a R$ 9.188,20.


A nova seleção está sendo organizada pela Fundação Carlos Chagas (FCC) assim como a anterior, realizada em 2008. Na época, entre os 94.808 candidatos que concorriam pelas 21 vagas, foram convocados 2.630 aprovados para o cargo de Técnico e 2.389 para Analista. Entre eles estava a bacharel em Direito mineira, Fernanda Baracat, que atualmente atua na secretaria do Tribunal Pleno. Fernanda foi aprovada para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária. O Blog do Mapa da Prova conversou com ela para saber como é sua rotina no Tribunal. Veja o que ela nos contou:

Fernanda atualmente está lotada na Secretaria do Tribunal Pleno, um órgão ligado à presidência do TRT-2, no qual tramitam os processos judiciais e administrativos submetidos à apreciação do Pleno. Ela foi nomeada no dia 18 de setembro de 2009 que segundo ela, foi o dia mais feliz de sua vida. Já ao final do mesmo mês Fernanda iniciou suas atividades no TRT-2. Desde então, ela já trabalhou em Varas do Trabalho, como Auxiliar de Audiência, como Assistente de Juiz e Assistente de Juíza convocada no Tribunal. “É preciso ter em mente que a figura do servidor público dessa justiça é o oposto do que as pessoas normalmente imaginam. O serviço é muito e nunca para. Nas Varas do Trabalho o serviço vai desde autuar processos e atendimento em balcão até análises processuais,” esclarece. Ela afirma que apesar de ter bastante serviço, o ambiente é muito bom e descontraído. “Gostei muito também de atuar como Auxiliar de Audiência. É quando você vê a personificação dos processos que aqui tramitam. Apesar de um pouco cansativa, a atividade é muito interessante e proporciona um espaço dinâmico de aprendizagem. O mesmo posso dizer das funções de Assistente de Juiz, nas quais se tem um contato mais direto com o processo”, conta.

Por ser uma pessoa extrovertida e dinâmica, Fernanda acha que tem bom perfil para servidora. “Nunca fugi de trabalho, pelo contrário. Sempre tive interesse em crescer dentro do Tribunal e em pouco tempo consegui ter bastante experiência. Passei por diversos setores, o que é bem legal, pois tive uma noção da tramitação dos processos como um todo”, comemora.

VIDA DE SERVIDOR

De acordo com Fernanda, ser servidor do Poder Judiciário é gratificante em diversos aspectos: bom ambiente de trabalho, férias, recesso e estabilidade. “A carreira é boa, existe a possibilidade de você trabalhar com aquilo que mais se identificar pois você pode exercer diversas funções, basta correr atrás e procurar fazer seu trabalho da melhor forma possível”, comemora.

Ela avisa aos que pretendem ingressar no serviço público que o trabalho é grande. “No TRT, temos que fazer com que os andamentos processuais sejam mais céleres, por isso é preciso trabalhar com afinco e dedicação, pois os jurisdicionados também dependem da nossa boa atuação”, relata. Fernanda alerta também que as atividades variam das mais mecânicas às mais complexas. “Isso exige humildade pra receber aquilo que é passado. Colegas aprovados no meu concurso já tiveram problemas em Varas por fazer afirmações do tipo: ‘Analista não atende balcão’, ‘Analista não numera página’, ‘Analista não empurra carrinho’. Isso é um delírio. Essas funções podem facilmente ser atribuídas em determinados setores”, comenta.

NOVOS DESAFIOS

Fernanda diz não saber ao certo o que fará no futuro. “Tenho vontade de voltar a estudar mas ainda não sei para o que. Talvez tente a prova para Oficial de Justiça ou, com mais coragem, comece a estudar pra Magistratura do Trabalho. Mas confesso que a preguiça de voltar a estudar me domina às vezes”, revela.

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