O analista de Sistemas da Informação, Thiago Meneses, passou em seu primeiro concurso aos 18 anos, antes mesmo de terminar o curso superior. Desde então, ele já foi aprovado para os cargos de analista em TI no Ministério do Planejamento, Técnico em Informática no MPU, Analista Judiciário - Tecnologia da Informação no TRT da 18ª Região - GO (para o qual ele espera ser chamado) e, finalmente, a terceira colocação no concurso para Analista do MPU na área de - Desenvolvimento de Sistemas.
Para Thiago, técnicas e métodos de estudo aliados a ferramentas que auxiliam a otimização e sedimentação do conhecimento são essenciais para maximizar a curva de aprendizagem e consequentemente a obtenção dos resultados esperados. Ele conta que, por algum tempo, estudou de maneira equivocada, mas aos poucos foi encontrando sua maneira de assimilar e aprimorar o conhecimento teórico adquirido, e seu foco agora é aprimorar ainda mais o conhecimento e galgar objetivos maiores nos concursos públicos. Veja na entrevista a seguir como foi a trajetória de Thiago, suas decepções e aprovações.
Mapa: O que o fez decidir por se tornar servidor público?
Thiago: A decisão de me tornar servidor público ocorreu naturalmente, acho que pelo fato de alguns familiares, inclusive minha mãe, já serem servidores. Aos 18 anos passei no meu primeiro concurso público. Foi um concurso para o cargo de Assistente Administrativo da Prefeitura de Goiânia. Foi muito bom porque era um trabalho de meio expediente o que me permitiu ter uma dedicação maior à faculdade.
Mapa: O que o fez decidir qual carreira seguir?
Thiago: O curso de graduação meio que delineou e norteou minha área de atuação. Me formei em Sistemas de Informação. Após o término da faculdade, em 2006/2007, passei no concurso para o cargo de Analista de Sistemas da Companhia de Processamento de Dados de Goiânia, uma sociedade de economia mista do município.
Em busca de novos horizontes e novos desafios me preparei para o concurso de Agente da Polícia Federal, que ocorreu em 2009. Até então, sempre relutava em prestar concursos para atuar fora de Goiânia, por ser uma cidade maravilhosa. Não obtive êxito nesse certame e na sequência, como já trabalhava na área de Tecnologia da Informação, surgiu o concurso do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) para Analista em TI (ATI). Fui fazer a prova sem ter estudado muito a parte de legislação específica que o cargo exigia, mas mesmo com algumas deficiências nas matérias do edital consegui ser aprovado. Eram 230 vagas iniciais.
Mapa: Já havia prestado outros concursos antes? Chegou a ser aprovado para outro órgão?
Thiago: O cargo de ATI do MPOG tinha como unidade de exercício apenas a cidade de Brasília. Assim, em 2010 me mudei para a Capital Federal. Ainda em 2010, saiu o 6º concurso do Ministério Público da União (MPU). Nesse período de mudança e adaptação eu tinha a consciência de que não estava estudando com o afinco necessário para obter um resultado satisfatório, mas mesmo assim fiz a inscrição para os cargos de Analista de Informática - Desenvolvimento de Sistemas (nível superior) e Técnico de Informática (nível médio). Fui aprovado apenas para Técnico de Informática, porém quando nomeado optei por não assumir o cargo.
De 2010 até meados de 2012 fiz alguns outros concursos, mas não consegui obter boas colocações. Depois de ver que estava tendo apenas resultados medianos percebi que a forma com que estudava não estava surtindo efeito, não conseguia evoluir no conhecimento. Foi quando busquei outras formas para tentar sedimentá-lo. Comecei usando uma ferramenta chamada “Anki” com o intuito de praticar revisões periódicas dos conteúdos estudados. Registrava os “flashcards” e a ferramenta incumbia-se de gerenciar a periodicidade de revisões deles.
No final de 2012, após ter um resultado bastante significativo na prova objetiva e nem tanto na prova discursiva, no concurso do Tribunal Superior do Trabalho (TST), vi que era a hora de fazer um bom curso de redação. Procurei o Instituto Fernando Moura, já tinha feito um curso de gramática lá e constatado que o professor era ótimo. Esse curso de redação foi fundamental e me mostrou que o que eu achava saber sobre o assunto na verdade não era redação. Logo depois desse curso consegui uma excelente nota na discursiva do concurso do TRT da 10ª região.
Em dezembro de 2012 saiu o edital do concurso da Secretaria do Tesouro Nacional. Procurei me preparar bem e fiz um curso em exercícios da parte específica de TI. Passei para a segunda fase (prova discursiva). Porém, novamente, ao final dessa fase, fiquei em uma posição mediana e o decreto que limita o cadastro de reserva de concursos do Executivo fez com que meu nome não aparecesse no resultado final. Mas esse concurso foi importante, pois percebi avanços na sedimentação do conhecimento das matérias estudadas.
Percebi que o ano de 2013 poderia ser especial, com relação às aprovações nos concursos, caso me mantivesse firme nos estudos.
Mapa: Como conheceu o Mapa da Prova?
Thiago: Na tentativa de buscar meios mais efetivos de estudo e aprimoramento do conhecimento adquirido com o estudo teórico das disciplinas, conheci, por intermédio da minha esposa - também concurseira - o Mapa da Prova. Ferramenta fantástica. Todo conhecimento teórico estudado era praticado nela em forma de exercícios e o melhor, direcionado à banca examinadora do certame. Logo, além de separar as questões de acordo com os itens do edital tinha ainda o diferencial de só fazer questões da banca que iria aplicar a prova.
Procurava todos os dias no horário do almoço e à noite, depois do estudo teórico, resolver um pouco de questões. Nesse ritmo de estudos, em agosto de 2013, fiz o concurso do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª região, em Goiás (TRT-18) para Analista Judiciário - Tecnologia da Informação. Embora fosse um concurso para o cadastro de reserva (há a expectativa de criação de 21 vagas de Analista Judiciário - Tecnologia da Informação), seria interessante ter a possibilidade de voltar pra Goiânia, caso fosse aprovado. E graças à Deus consegui ser aprovado em 15º lugar.
Com esse resultado positivo minha confiança aumentou e isso foi muito bom, pois logo na sequência viriam dois concursos que eu gostaria muito de ser aprovado, o MPU e o Banco Central (BACEN).
Mapa: Qual foi a sua classificação no concurso do MPU?
Thiago: Após fazer a prova do TRT da 18ª região voltei todas as minhas energias para o MPU e BACEN. Como a prova do MPU aconteceria primeiro procurei estudar as matérias comuns entre eles, mas reservava um tempo para a parte específica do órgão. Nesse momento o Mapa da Prova foi mais uma vez fundamental. Para as matérias de Português, Direito Administrativo e Constitucional apenas fazia exercícios da banca examinadora. E, sem sombra de dúvidas, as disciplinas da parte básica do edital foram determinantes para a minha pontuação final no concurso do MPU, já que na parte específica os bons concorrentes tiraram notas bastante próximas.
Dessa forma, consegui obter o 3º lugar para o cargo de Analista do MPU - Desenvolvimento de Sistemas. Nunca imaginei que pudesse passar tão bem colocado em um concurso público.
Mapa: Como foi seu período de preparação para cada um dos concursos? Como era sua rotina? Tinha que conciliar os estudos com alguma outra atividade?
Thiago: Mesmo trabalhando, sempre tentei estudar pelo menos 4 horas líquidas por dia. Aproveitava um pouco do horário do almoço e finalizava à noite, em casa. Teve uma época em que deixei até mesmo de fazer atividades físicas. Não recomendo fazer isso. Praticar alguma atividade física é essencial para melhorar a produtividade nos estudos. Já tinha visto vários outros concurseiros dizendo isso, mas como muitos só aprendem errando, foi assim comigo também.
Mapa: Por quanto tempo se dedicou aos estudos para concursos?
Thiago: Vejo o meu tempo de estudo para concurso como muito variável. Eu nunca consegui manter um ritmo único e intenso de estudo por muito tempo. Oscilei muito entre os períodos em que tinha edital que me interessava na praça e os (períodos) que não tinha. Mas posso dizer que o estudo começou mesmo em 2009, com a preparação para o concurso da Polícia Federal.
Mapa: Desenvolveu alguma estratégia de preparação? Pode comentar sobre ela?
Thiago: No início não tive uma estratégia e creio que isso tenha me prejudicado um pouco no alcance dos meus objetivos. Mas não reclamo, acho que tudo que fiz serviu como amadurecimento desse processo de aprovação.
E depois de muito procurar uma maneira que se adequasse ao meu modo de entender e absorver os conteúdos estudados, verifiquei que as revisões periódicas e a resolução de questões de provas anteriores foram de grande valia para a sedimentação do conhecimento. Aprendi também que a parte de conhecimentos básicos é tão importante quanto a parte de conhecimentos específicos. Logo, como ainda não aposentei a caneta preta pretendo continuar utilizando-a e aprimorando-a no que for necessário a fim de galgar objetivos maiores nos concursos públicos. E nesse ponto, com certeza, o Mapa da Prova continuará a ter importante papel no atingimento desses novos objetivos.
Mapa: O que você julga ter sido determinante para a suas aprovações?
Thiago: Não ter desistido no meio do caminho. Muitas vezes nos esforçamos e o resultado não vem da maneira como desejamos. Manter a persistência é o maior dos desafios. Obstáculos e adversidades encontramos sempre, mas não devemos nos abater com eles. Mesmo naqueles dias em que parece estar dando tudo errado, mantenha o pensamento positivo no seu objetivo.
Não tentar atirar para todos os lados é outro ponto que acho que tenha sido determinante para minhas aprovações, aprendi isso errando também. É necessário manter o foco, porque se hoje eu estudo para área policial, amanhã para área fiscal e depois para área de controle, nunca conseguirei aprofundar o conhecimento necessário para a aprovação em nenhuma delas.
Mapa: Quais as matérias que, em sua opinião, merecem mais atenção para quem está começando a estudar?
Thiago: As matérias básicas de todo concurso devem ter atenção especial na preparação do concurseiro. Isso não é segredo pra ninguém. E por experiência própria vi que elas fazem muita diferença no resultado final.
Mapa: O que você acha que os candidatos devem focar na reta final até a prova?
Thiago: Fazer bastante exercícios de concursos passados é essencial. Resolvendo exercícios você revive a teoria. A reta final é o melhor momento para praticar e aprender com os erros para, na hora da prova, minimizar os riscos de cometê-los novamente.
Mapa: Tem algo mais que gostaria de destacar?
Thiago: Gostaria de parabenizar, mais uma vez, a equipe do Mapa da Prova por ter disponibilizado uma ferramenta fantástica de aprendizado e por estar sempre aprimorando-a, como a mais recente funcionalidade incorporada de comentários dos concurseiros, além da já existente de comentário dos professores, todas elas aliadas a sua excelente usabilidade e interface com o usuário.
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